O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira
Eu gostaria de fazer um apelo a todos que visitam este blog. Diariamente vejo cenas como esta e fico a me perguntar até quando pessoas irão sofrer desta forma. Tento fazer a minha parte, mas como diz o povo, uma andorinha só não faz verão. O que precisa ser feito por nós, pela sociedade e pelas autoridades para que estes quadros tristes acabem? Fico impressionada com a frieza de pessoas que não são capazes de estender a mão, praticar a caridade material e nem mesmo a moral, com um sorriso, uma conversa, uma prece. Passam e olham estes quadros como se fossem normais, naturais, como se o problema não fosse deles. Muitos até ficam com medo e eu até entendo tal posicionamento, porque muitos, não tendo o necessário para sobreviver, acabam dementes pela falta de vitaminas necessárias, capazes de qualquer ato criminoso. Muitos pedem esmola para se embriagar, é verdade, mas existem os que lutam para não morrer de fome revirando o lixo dos restaurantes para aproveitar as sobras, pessoas que são decentes. Muitos restaurantes não podem doar a comida em bom estado que sobra pois correm o risco de serem multados. Eu gostaria que cada um, dentro de suas possibilidades, pudesse estender a corrente do bem. Seja com um copo de café, uma doação de alimentos, uma conversa, um agasalho. Você vai perceber o quanto isso vai lhe fazer bem espiritualmente; vc vai aprender a dar valor a sua vida, a sua família, ao que tem, mesmo que seja pouco. Mas não faça julgamentos precipitados e generalizados. Nem todos são violentos ou agressivos, criminosos ou imorais. Muitos reviram lixeiras para levar alimentos para suas famílias, expostas ao frio e à fome, com crianças que não tem o que comer e que não terão nem mesmo a oportunidade de aprender a ler. Com certeza, é uma expiação muito grande e o que pudermos fazer para auxiliá-los, será muito bom. Vamos cobrar das autoridades; vamos pensar em quem vamos votar com consciência, para que políticas públicas decentes sejam implementadas em prol dos menos favorecidos; vamos fazer a nossa parte; vamos colaborar com as instituições que trabalham com este grupo de pessoas. Vamos refletir sobre isto. Obrigada.
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira
Eu gostaria de fazer um apelo a todos que visitam este blog. Diariamente vejo cenas como esta e fico a me perguntar até quando pessoas irão sofrer desta forma. Tento fazer a minha parte, mas como diz o povo, uma andorinha só não faz verão. O que precisa ser feito por nós, pela sociedade e pelas autoridades para que estes quadros tristes acabem? Fico impressionada com a frieza de pessoas que não são capazes de estender a mão, praticar a caridade material e nem mesmo a moral, com um sorriso, uma conversa, uma prece. Passam e olham estes quadros como se fossem normais, naturais, como se o problema não fosse deles. Muitos até ficam com medo e eu até entendo tal posicionamento, porque muitos, não tendo o necessário para sobreviver, acabam dementes pela falta de vitaminas necessárias, capazes de qualquer ato criminoso. Muitos pedem esmola para se embriagar, é verdade, mas existem os que lutam para não morrer de fome revirando o lixo dos restaurantes para aproveitar as sobras, pessoas que são decentes. Muitos restaurantes não podem doar a comida em bom estado que sobra pois correm o risco de serem multados. Eu gostaria que cada um, dentro de suas possibilidades, pudesse estender a corrente do bem. Seja com um copo de café, uma doação de alimentos, uma conversa, um agasalho. Você vai perceber o quanto isso vai lhe fazer bem espiritualmente; vc vai aprender a dar valor a sua vida, a sua família, ao que tem, mesmo que seja pouco. Mas não faça julgamentos precipitados e generalizados. Nem todos são violentos ou agressivos, criminosos ou imorais. Muitos reviram lixeiras para levar alimentos para suas famílias, expostas ao frio e à fome, com crianças que não tem o que comer e que não terão nem mesmo a oportunidade de aprender a ler. Com certeza, é uma expiação muito grande e o que pudermos fazer para auxiliá-los, será muito bom. Vamos cobrar das autoridades; vamos pensar em quem vamos votar com consciência, para que políticas públicas decentes sejam implementadas em prol dos menos favorecidos; vamos fazer a nossa parte; vamos colaborar com as instituições que trabalham com este grupo de pessoas. Vamos refletir sobre isto. Obrigada.